In this study, we investigated landscape variability of the carbon and nitrogen isotopic composition of nonvolant small mammals in the 3 main Brazilian biomes (Amazon, Atlantic Forest, and Cerrado) while also considering the differential spatial distribution of C₄ plants in these biomes. We compiled a subset of data on stable carbon and nitrogen isotope ratios from nonvolant small mammals of the order Rodentia and compared the aggregated isotopic variability at the biome level using classical δ¹³C–δ¹⁵N biplot. The concept of isotopic niche width was used to test whether different foraging attributes drive their isotopic composition, while a Bayesian isotopic mixing model was used to estimate the proportion of 3 main food categories available to these small mammals. We also developed isoscapes in the Brazilian biomes, interpolating animals δ¹³C and δ¹⁵N based on the geographic coordinates of each sample and “sourcescapes” considering geographic variation of the dietary sources. The findings of this study advance our understanding of the foraging ecology of small mammals in biodiversity-rich regions of the Neotropics. Classical methodologies such as stomach content confirmed dietary choices revealed by the stable isotopic composition and also highlighted the importance of C₃ and C₄ plants in the diet of this group of animals, especially in biomes such as the Atlantic Forest and Cerrado, where there is a predominance of highly altered landscapes. These results confirm that replacing the original vegetation with C₄ crops has altered the feeding patterns of small mammals, which could lead to critical ecological changes in the trophic structure of these areas. Vertical stratification of the dietary niche and the interaction between biome and foraging lifestyle were also observed. However, in each biome, there was significant intraspecific and interspecific variation caused by preferences for ingestion of plant and animal material, leading to different degrees of omnivory. Finally, the high local variability between individuals and species requires a larger sampling design that may also contribute to improved spatial resolution of the isoscapes.

Neste estudo, investigamos a variabilidade da composição isotópica de carbono e nitrogênio de pequenos mamíferos não-voadores em biomas brasileiros (Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado), levando em conta a distribuição espacial de plantas C₄ nesses biomas. Compilamos dados de mamíferos da ordem Rodentia e comparamos a variabilidade isotópica agregada ao nível do bioma utilizando o biplot δ¹³C–δ¹⁵N. O conceito de amplitude de nicho isotópico foi empregado para testar se diferentes estratégias de forrageamento influenciam a composição isotópica desses animais, enquanto um modelo Bayesiano de mistura isotópica foi utilizado para estimar a proporção das três principais categorias alimentares. Desenvolvemos isoscapes do território brasileiro, interpolando δ¹³C e δ¹⁵N dos animais com base nas coordenadas geográficas de cada amostra, e “sourcescapes,” considerando a variação geográfica das fontes alimentares. Os resultados deste estudo avançam nossa compreensão da ecologia de pequenos mamíferos em regiões ricas em biodiversidade dos Neotrópicos. Metodologias clássicas, como a análise do conteúdo estomacal, confirmaram as escolhas alimentares reveladas pela composição isotópica, destacando a importância das plantas C₃ e C₄ na dieta desses animais, especialmente em biomas com paisagens altamente alteradas, como a Mata Atlântica e o Cerrado. A substituição da vegetação original por culturas C₄ alterou os padrões alimentares dos pequenos mamíferos, potencialmente levando a mudanças críticas na estrutura trófica dessas áreas. Observamos também a estratificação vertical do nicho alimentar e a interação entre o bioma e a estratégia de forrageamento. No entanto, em cada bioma, houve variação intraespecífica e interespecífica causada pela preferência de ingestão de material vegetal e animal, resultando em diferentes graus de onivoria. Além disso, a alta variabilidade local recomenda uma maior amostragem para melhorar a resolução espacial das isoscapes.